A segurança periférica é uma parte essencial da estratégia geral de segurança da rede de uma organização. Esta envolve a implementação de medidas de segurança para proteger a camada externa da rede e evitar que potenciais ameaças acedam a recursos internos sensíveis. Duas tecnologias chave que são frequentemente utilizadas na segurança periférica são a autenticação multifactor (MFA) e a Rede Privada Virtual (VPN).
Autenticação Multifactor (MFA): é uma técnica que exige que os utilizadores forneçam duas ou mais formas de identificação antes de serem autorizados a aceder a um sistema ou recurso. Estas formas de identificação podem incluir algo que o utilizador conhece, como uma password, algo que o utilizador possui, por exemplo o seu smartphone e algo que é inerente ao utilizador como é o caso da impressão digital ou o reconhecimento facial.
A utilização do MFA em conjugação com a VPN aumenta significativamente a segurança do acesso remoto à rede corporativa. Uma única password já não é suficiente para garantir a autenticidade do utilizador. Ao adicionar uma segunda ou mais camadas de autenticação, mesmo se as credenciais do utilizador forem comprometidas, o atacante vai encontrar mais um obstáculo adicional para superar.
VPN (Rede Privada Virtual): é uma rede privada que utiliza uma rede pública, como a Internet, para permitir conexões seguras entre dispositivos remotos e a rede corporativa. A VPN cria um túnel encriptado entre o dispositivo e o servidor da VPN, garantindo que os dados transmitidos sejam protegidos contra uma interceção ou manipulação de atacantes mal-intencionados.
A VPN é frequentemente usada para fornecer acesso seguro a recursos internos da rede para colaboradores remotos ou filiais, protegendo as comunicações e garantindo que informações sensíveis não sejam expostas enquanto navegam pela internet.
Para além do MFA e da VPN, outro dos fatores essenciais à segurança periférica é a diferença entre o router tradicional vs a firewall. O router tradicional geralmente oferece funções básicas de segurança, como filtragem, Network Adress Translation (NAT) e regras de encaminhamento. No entanto muitos destes routers não possuem recursos avançados de segurança e não são projetados para proteger adequadamente a rede contra ameaças avançadas.
Por outro lado, as firewalls são projetadas especificamente para proteger a rede contra ameaças externas. Elas examinam o tráfego de rede com mais detalhe e aplicam regras de segurança mais complexas para permitir ou bloquear o fluxo de dados com base em critérios específicos. As firewalls mais modernas também podem incluir recursos de prevenção de invasões, filtragem de conteúdo e deteção de malware.
Na abordagem tradicional, um router pode fornecer alguma segurança básica na camada superficial da rede, mas normalmente é recomendado adicionar a firewall para reforçar a segurança periférica de forma mais eficaz. A firewall atuará como uma barreira mais robusta, protegendo a rede interna contra o tráfego indesejado e ataques externos, enquanto permite que a VPN e outras conexões autorizadas funcionem adequadamente.
Podemos concluir que o uso do MFA com a VPN é uma combinação poderosa para proteger o acesso remoto à rede corporativa, enquanto que a firewall é fundamental para garantir a segurança periférica da rede e proteger os recursos internos contra ameaças externas.
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